Psicóloga é encontrada morta no Interior do RN; suspeito é preso

Segundo a polícia, o corpo da vítima estava amordaçado e com marcas de cortes de arma branca.

Por Patos 40 Graus em 25/04/2024 às 07:48:22
Segundo a polícia, o corpo da vítima estava amordaçado e com marcas de cortes de arma branca. O suspeito de cometer o crime é servidor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Ele tem 41 anos de idade.

O homem suspeito de matar a psicóloga Fabiana Maia Veras, de 42 anos, foi preso em Natal, no Rio Grande do Norte, na tarde desta quarta-feira (24), em Assu, no Oeste potiguar. Segundo a Polícia Civil, a captura ocorreu no bairro Nova Descoberta, na Zona Sul de Natal, momentos antes de ele chegar a um dos seus imóveis. A suspeita é de que se trata de um crime passional, e a polícia investiga o caso como homicídio. As informações são do portal g1.

Fabiana Veras foi encontrada morta dentro da casa onde morava e também trabalhava na noite desta terça-feira (23), por volta das 18h. Mais cedo, o suspeito foi visto entrando na residência da vítima e sendo recebido por ela no portão em torno de 16h40. A psicóloga conversou com ele normalmente, como se já o conhecesse, e passou a mostrar cômodos do imóvel.

Em seguida, o homem e a mulher entraram na suíte da casa, onde o crime aconteceu. O homem aparece encapuzado, usando máscara, óculos de grau e luvas, e segurando uma sacola. Imagens gravadas por câmeras de segurança registraram o momento.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o corpo foi encontrado amordaçado e com marcas de cortes de arma branca nas mãos e em outras partes do corpo.

Ainda conforme as autoridades, o homem também teria levado o celular de Fabiana, possivelmente para dificultar as investigações. A vítima tinha posse de armas, mas os armamentos não foram roubados.

1. Quem é o suspeito?

O homem preso nesta quarta-feira (24) suspeito de cometer o crime é servidor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Ele tem 41 anos de idade, segundo a Polícia Civil. Até a atualização mais recente desta reportagem, o TJRN não havia se manifestado sobre a prisão do servidor.

2. Qual foi a motivação do crime?

A Polícia Civil ainda investiga a motivação do crime, mas uma das linhas é a possibilidade da psicóloga ter uma relação próxima com a ex-companheira do suspeito.

O delegado de Assú, Valério Kurten, explicou que vai pedir a extração dos dados do celular do suspeito para ter a motivação de forma mais precisa. "São várias informações que chegam, mas a informação precisa, correta, só a partir da análise do celular", disse.

O celular da vítima foi encontrado destruído no apartamento do suspeito, mas a perícia conseguiu constatar, através do IMEI [código de identificação do celular] que se tratava do aparelho da psicóloga.

"O intuito dele, tudo indica, foi buscar esse celular, que ele trouxe para Natal e destruiu, para pegar o conteúdo, para saber qual o tipo de relacionamento que tinha com a ex-companheira dele", explicou o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Natal (DHPP), Márcio Lemos.

3. Vítima e suspeito se conheciam?

Segundo o delegado de Assú, Valério Kurten, é possível afirmar que os dois se conheciam em função da forma que se cumprimentaram quando ele chegou à casa dela, fato que foi registrado em vídeo pelas câmeras de segurança.

"Ela abraça ele, então se vê que há um gesto afetivo. Então, sim, se conheciam", afirmou.

O delegado ainda reforçou que ela mostrou confiança nele apesar do suspeito ter chegado ao local do crime com um lenço na cabeça, uma máscara cirúrgica, e com luvas.

"Ela se espantou em relação à vestimenta, mas atendeu, levou ele, e depois a gente teve a imagem dele saindo com a mão cheia de sangue. E, com as imagens, a gente ficou sabendo do veículo que transportou ele", afirmou.

4. Como a polícia chegou até o suspeito?

Os delegados explicaram que o primeiro passo foi analisar as imagens das câmeras de segurança da casa e, em seguida, averiguar as imagens do sistema de câmeras das ruas na cidade de Assú.

"A gente descobriu a placa do veículo e, diante disso, com a informação que ele havia possivelmente ido para Natal, solicitei o apoio do nosso departamento de inteligência da Polícia Civil", explicou o delegado de Assú, Valério Kurten.

"Eles saíram em campo, coletaram outras várias informações e foi possível chegar ao endereço do suspeito", completou.

5. O que foi encontrado com o suspeito?

O suspeito foi preso ao chegar a um dos imóveis dele, em Natal. Dentro do carro dele, os policiais e peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) encontraram uma bolsa com três facas, duas soqueiras e uma pistola com sangue.

Antes mesmo da chegada do suspeito, as equipes já realizavam uma perícia no apartamento dele. Além do celular da psicóloga, eles encontraram fragmentos que podem ser de sangue na escada do prédio e dentro do apartamento do suspeito.

O material foi coletado e enviado para análise em laboratório, que vai definir se os fragmentos de fato são de sangue, e tentar identificar o perfil genético do material.

6. Tem mais alguém envolvido?

Os delegados explicaram que o suspeito de matar a psicóloga contratou por R$ 500 um motorista que era amigo da família para viajar de Natal até Assú, que fica 240 quilômetros distante. A alegação dele ao motorista era de que tinha uma consulta psiquiátrica para fazer na cidade.

O delegado Valério Kurten explicou que o motorista foi ouvido pela polícia e foi constatado que ele não teve envolvimento com o crime. Assim, ele foi liberado.

DN e g1 RN

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