Insegurança alimentar nos lares da PB cai de 53,5% em 2017 para 35,9% em 2023

Do total estimado de domicílios da Paraíba (1,478 milhão), o percentual daqueles que apresentaram algum grau de insegurança alimentar caiu de 53,5%, em 2017-2018, para 35,9%, em 2023, de acordo com os resultados do módulo de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2023, divulgados nesta quinta-feira (25), pelo IBGE.

Por Patos 40 Graus em 25/04/2024 às 15:51:18
Foto: MaisPB

Foto: MaisPB

Do total estimado de domicílios da Paraíba (1,478 milhão), o percentual daqueles que apresentaram algum grau de insegurança alimentar caiu de 53,5%, em 2017-2018, para 35,9%, em 2023, de acordo com os resultados do módulo de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2023, divulgados nesta quinta-feira (25), pelo IBGE.

A pesquisa traz dados sobre a condição de segurança alimentar nas unidades domiciliares do país, tendo como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Por meio dessa escala, é possível identificar e classificar os domicílios de acordo com os graus de severidade com que o fenômeno é vivenciado pelas famílias neles residentes, possibilitando, assim, estimar a magnitude do problema da insegurança alimentar nessas unidades.

A proporção estadual de domicílios em insegurança alimentar registrada em 2023 foi superior à média brasileira (27,6%), mas inferior à média nordestina (38,8%). Já no ranking das unidades da federação, embora tenha sido a 10ª maior do Brasil, foi a 3ª menor do Nordeste, onde o Ceará (35,1%) e o Rio Grande do Norte (33,4%) ocupavam as duas primeiras posições.

Em contrapartida, entre 2017-2018 e 2023, houve um crescimento de 17,6 pontos percentuais na proporção paraibana de domicílios com prevalência de segurança alimentar, que passou de 46,5% para 64,1%, respectivamente, o que representa 948 mil lares e 2,56 milhões de pessoas (62,6% dos moradores em domicílios paraibanos). Na situação de segurança alimentar, as famílias têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Inferior ao do Brasil (72,4%), mas superior ao do Nordeste (61,2%), o indicador estadual de segurança alimentar (64,1%) foi o 10º menor do país, apesar de ter sido o 3º maior da região, atrás apenas dos registrados no Rio Grande do Norte (66,6%) e no Ceará (64,9%).

Apesar da queda na prevalência de insegurança alimentar observada entre 2017-2018 e 2023, a pesquisa mostra que, no ano passado, ainda havia no estado cerca de 1,53 milhão de pessoas (37,4% da população paraibana), residentes em 530 mil domicílios particulares permanentes, que vivenciavam alguma restrição alimentar ou se preocupavam com a possibilidade de ocorrência de tal restrição, por conta da insuficiência de recursos para a aquisição de alimentos.

Considerando os diferentes de níveis de insegurança alimentar, o percentual estadual de domicílios enquadrados pela pesquisa na situação de insegurança alimentar leve caiu de 33,9%, em 2017-2018, para 21,4%, em 2023. Este último indicador corresponde a 317 mil residências, nas quais moravam 22,9% dos moradores em domicílios paraibanos (937 mil pessoas). A insegurança alimentar leve ocorre quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso à comida no futuro, bem como inadequação da qualidade dos alimentos, devida a estratégias voltadas para o não comprometimento da quantidade. Em termos de proporção de domicílios, o indicador estadual (21,4%) ficou acima do nacional (18,2%), mas abaixo do regional (23,9%).

Em outros 125 mil domicílios paraibanos (8,5%), habitados por 372 mil moradores (9,1%), foi verificada a condição de insegurança alimentar moderada, indicando que neles havia redução da quantidade de alimentos entre os adultos ou ruptura nos padrões de alimentação, como resultado da falta de comida. Em 2017-2018, a proporção estadual de domicílios com insegurança alimentar moderada havia sido de 13,2%, o que aponta para uma queda de 4,7 pontos percentuais. Por sua vez, nos níveis nacional e regional, em 2023, esse indicador foi de 5,3% e 8,6%, respectivamente.

Já a situação de insegurança alimentar grave, foi constatada em 6% do total de domicílios paraibanos (88 mil residências), o que aponta para uma leve queda frente a 2017-2018 (6,3%). A

insegurança alimentar grave, que no ano passado afetava 217 mil moradores (5,3% do total da população) em domicílios paraibanos, se configura quando a experiência da fome passa a ser de fato vivenciada no domicílio, havendo redução da quantidade de alimentos consumida também pelas crianças, como resultado da falta de comida. Relativamente ao percentual de domicílios, em 2023, o indicador de insegurança alimentar grave da Paraíba foi maior que o do Brasil (4,1%) e levemente menor que o do Nordeste (6,2%).

MaisPB

Comunicar erro

Comentários